Na trajetória de Marcia Haydée, uma das mais referenciadas personalidades da dança, a vida teve poucos intervalos de respiro fora dos palcos. Durante dois anos, após dirigir concomitantemente dois balés, de Santiago, no Chile, e Stuttgart, na Alemanha, ela ficou dois anos distante das coreografias. Mas uma personagem especial a fez voltar. A convite do Stuttgart, ela iria interpretar uma bruxa, que trazia algo que se tornaria uma das marcas de Haydée. “Era dramática. Ela não dançava, ela atuava”, explica.
No palco, ela conhece Ismael Ivo, bailarino e coreógrafo brasileiro com quem trabalhou por cinco anos, se enveredando nas pesquisas da dança-teatro. “Sempre fui uma bailarina-atriz. Não gostava de fazer balé abstrato. Gostava de desenvolver personagens. Quando entrei na dança-teatro, tinha que mudar a maneira de dançar. Era outra visão da dança, mas a parte dramática era o mesmo caminho, eu já conhecia”, afirma.
De Ivo, Haydée ganhou grandes personagens. “Ele fez tudo para mim”, comenta. O último presente que recebeu foi “Madre Teresa e as Crianças do Mundo”. Era o espetáculo que a levaria de volta para o Chile para dirigir, novamente, o Ballet de Santiago.
Quando o espetáculo estava em turnê pela América do Sul, por algum motivo que Haydée não se lembra, a apresentação foi cancelada no Chile. Já com passagens compradas, ela resolve manter a viagem e revisitar os amigos do balé. “Quando entro e encontro o diretor, ele quase não podia acreditar. Disse que estava me mandando uma carta para me convidar a ser diretora da companhia”, lembra.
Ela, então, fechou um contrato por quatro anos, que se estende até hoje. Já são 13 anos à frente do balé. “O que dá a excelência da companhia é a maneira como trabalham nesse teatro. Quando eu assinei o contrato, perguntei se teria possibilidade de dar continuidade ao trabalho. Porque no Chile não é como no Brasil, que muda de governo e muda tudo. Lá, política não entra no teatro”, afirma Haydée.
“Para formar uma companhia como se quer, são necessários muitos anos. O trabalho tem que ser contínuo e lá é possível. Eles me deram de tudo. Tive a possibilidade de trazer coreógrafos de vários países para trabalhar no Chile”, comenta.
Na direção de Haydée, aos poucos, a companhia ganhou outras características. Do Balé de Stuttgart e do convívio com o coreógrafo John Cranko, ela compartilhou com o Ballet de Santiago um ensinamento que leva para a vida. “De 1961 a 1973, Cranko esteve à frente do balé de Stuttgart. Foi ele que me formou e dizia sempre que a companhia não podia ser puramente clássica. Era preciso abrir as portas para qualquer coreógrafo e assim misturar linguagens”, explica.
É essa mistura que compõe “Zorba, o Grego”, balé que será apresentado nesta terça-feira (19), no Grande Teatro do Palácio das Artes.
No palco, ela conhece Ismael Ivo, bailarino e coreógrafo brasileiro com quem trabalhou por cinco anos, se enveredando nas pesquisas da dança-teatro. “Sempre fui uma bailarina-atriz. Não gostava de fazer balé abstrato. Gostava de desenvolver personagens. Quando entrei na dança-teatro, tinha que mudar a maneira de dançar. Era outra visão da dança, mas a parte dramática era o mesmo caminho, eu já conhecia”, afirma.
De Ivo, Haydée ganhou grandes personagens. “Ele fez tudo para mim”, comenta. O último presente que recebeu foi “Madre Teresa e as Crianças do Mundo”. Era o espetáculo que a levaria de volta para o Chile para dirigir, novamente, o Ballet de Santiago.
Quando o espetáculo estava em turnê pela América do Sul, por algum motivo que Haydée não se lembra, a apresentação foi cancelada no Chile. Já com passagens compradas, ela resolve manter a viagem e revisitar os amigos do balé. “Quando entro e encontro o diretor, ele quase não podia acreditar. Disse que estava me mandando uma carta para me convidar a ser diretora da companhia”, lembra.
Ela, então, fechou um contrato por quatro anos, que se estende até hoje. Já são 13 anos à frente do balé. “O que dá a excelência da companhia é a maneira como trabalham nesse teatro. Quando eu assinei o contrato, perguntei se teria possibilidade de dar continuidade ao trabalho. Porque no Chile não é como no Brasil, que muda de governo e muda tudo. Lá, política não entra no teatro”, afirma Haydée.
“Para formar uma companhia como se quer, são necessários muitos anos. O trabalho tem que ser contínuo e lá é possível. Eles me deram de tudo. Tive a possibilidade de trazer coreógrafos de vários países para trabalhar no Chile”, comenta.
Na direção de Haydée, aos poucos, a companhia ganhou outras características. Do Balé de Stuttgart e do convívio com o coreógrafo John Cranko, ela compartilhou com o Ballet de Santiago um ensinamento que leva para a vida. “De 1961 a 1973, Cranko esteve à frente do balé de Stuttgart. Foi ele que me formou e dizia sempre que a companhia não podia ser puramente clássica. Era preciso abrir as portas para qualquer coreógrafo e assim misturar linguagens”, explica.
É essa mistura que compõe “Zorba, o Grego”, balé que será apresentado nesta terça-feira (19), no Grande Teatro do Palácio das Artes.
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