domingo, 24 de abril de 2016

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O valor dos contratos da prefeitura do Rio com Contemat e a Concrejato, empreiteiras que construíram a ciclovia da Niemeyer – cujo trecho de 20 metros desabou na quinta-feira (21) e matou duas pessoas –, cresceu 2.132% desde 2009, início da gestão do prefeito Eduardo Paes. As empresas pertencem à família do secretário de Turismo do Rio, Antonio Pedro Figueira de Mello, que foi tesoureiro das campanhas de Paes. As informações, exclusivas, são da Globonews.
O valor dos contratos da Contemat e Concrejato com a prefeitura aumentou mais de 21 vezes desde 2009. Um consórcio, formado pelas duas empresas, construiu a ciclovia Niemeyer. As empresas fazem parte do grupo empresarial Comcremat.
Um levantamento feito pela Globonews no site Rio Transparente, da Prefeitura do Rio, revela que, entre 2000 e 2008, a Contemat e a Concrejato tiveram contratos com o município no valor de R$ 8,750 milhões.

No fim da noite de sexta-feira, a assessoria da prefeitura do Rio informou que o valor de R$ 8,5 milhões foi pago apenas no ano de 2008, e não de 2000 a 2008, como afirmado na reportagem. No entanto, os dados foram tirados do site Rio Transparente mantido pela própria prefeitura.

Desde 2009, primeiro ano da gestão de Paes, até este ano, o valor dos contratos com as duas empresas ultrapassou R$ 186 milhões, ou seja, um aumento de 2.132%.
O maior contrato da Concrejato com a prefeitura foi assinado em 2013 e já foi encerrado. A empresa recebeu R$ 66,5 milhões para a recuperação estrutural do Elevado das Bandeiras, que liga São Conrado, na Zona Sul da cidade, à Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
A Secretaria Municipal de Obras do Rio informou que desde 2009 executou R$ 19bilhões em obras e serviços divididos em 1559 contratos, cuja execução coube a 310 empresas diferentes. A secretaria disse também que R$ 266 milhões foram pagos às empresas do grupo Concremat distribuídos em 39 contratos. Segundo a secretaria isso, representa 1,14% do total de contratos.
Obra custou R$ 44 milhões
Já a ciclovia da Niemeyer é o maior contrato do município com a Contemat custou R$ 44,7 milhões. A obra custou 25% a mais do orçado inicialmente, e teve o prazo de conclusão prorrogado em sete meses – 72% desse dinheiro veio de um empréstimo do BNDES. O restante saiu dos cofres da prefeitura.
A assessoria do secretrário municipal de Turismo, Antonio Pedro Viegas Figueira de Mello, disse que quem deve se manifestar é a secretaria municipal de Obras. Em nota divulgada na quinta-feira, Antonio Pedro disse que jamais trabalhou ou teve qualquer participação nos negócios da Comcremat, empresa fundada por seu avô há mais de 60 anos.
O secretário disse ainda que ligar seu nome aos negócios da empresa simplesmente em função do parentesco é infundado e leviano. A assessoria da Concremat informou que não vai se manifestar.

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