Artes
- Dançaterapia e musicoterapia
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- A musicoterapia, bem como a dança terapia definem-se como a utilização da música e/ou dos seus elementos (como som, ritmo, melodia e harmonia,) por um terapeuta qualificado, num processo sistematizado de forma a facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, e organização de processos psíquicos de um ou mais indivíduos, para que ele ou eles recuperem as suas funções, desenvolvam o seu potencial e adquiram melhor qualidade de vida.
História e Evolução das Terapias
- O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana. Alguns dos primeiros registos acerca deste conceito podem ser encontrados na obra de filósofos gregos pré-socráticos. Há 2500 anos Platão conhecia já as propriedades terapêuticas da música e da dança, já que todos os povos possuem rituais de dança e movimento que libertam emoções. Platão traça aqui um paralelo entre o que é o psiquismo e a música. Piaget (1998) defende que a afetividade é como a energia do sistema cognitivo, uma energia talvez menos organizada que a cognição, que se socorre de estruturas lógicas, mas de importância primordial para o nosso funcionamento psíquico. Já a sistematização dos métodos utilizados só começou, no entanto, após a Segunda Guerra Mundial, com pesquisas realizadas nos Estados Unidos. O primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado em 1944 na Michigan State University (citado por Bruscia, 1987).
- Mais recentemente, Grant (1995)diz-nos que: “os terapeutas destas técnicas não querem ficar à margem e esperar que outras disciplinas procedam à avaliação do desenvolvimento, na esperança de que possam encaixarem-se em algum sítio e fazerem os indivíduos felizes”. O seu artigo identifica as áreas em que o musicoterapeuta e o danço terapeuta podem oferecer um contributo específico numa avaliação geral: sensório-motor, cognitiva, especialmente nas capacidades perceptivas (visuais e auditivas), na comunicação e na área social. A avaliação da produção musical, considerando em especial a natureza da relação entre a música dos pacientes e os seus problemas e perturbações, é um aspecto em franca expansão na musicoterapia.
- A música é mais que um simples prazer sensorial: é entendida como uma representação do nosso psiquismo que pode apoiar e contribuir para restaurar a sua ordem e a sua harmonia. A musicoterapia, em conjunto com a dança terapia, com a fisioterapia e com os testes da psicologia cognitiva não verbal, tem vindo a desenvolver métodos de avaliação que suscitam respostas e interações com os indivíduos, de modo a evidenciar o seu comportamento que juntamente com outros tipos de avaliação, facilitam a formulação de um diagnóstico claro.
- Em Portugal, são técnicas em profundo desenvolvimento que pretendem examinar, através dos métodos de avaliação que dispõem, o comportamento, o estado físico e emocional do paciente e evidenciar a natureza da perturbação ou a incapacidade dessa pessoa.
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