sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Trump

Donald Trump é um demagogo. Ele joga as pessoas contra as outras apelando aos seus instintos mais baixos. Sua campanha tem sido uma longa bravata alimentada por uma constante difusão de medo e da crença de que a solução para todos os erros do país está em uma figura autoritária – como ele – com a vontade de corrigi-los. Por todas essas razões, uma pessoa como Trump nunca deveria ter a permissão de disputar cargos públicos, e muito menos a presidência do país mais poderoso do mundo.

Dito tudo isso, ainda assim, é bom e importante frisar que, após sua vitória em Indiana e desistência de seus dois últimos adversários, Trump é de fato o candidato do Partido Republicano à disputa pela Casa Branca.

Primeiro, no momento em que a confiança nos partidos estabelecidos, nos políticos tradicionais, no sistema político e no processo democrático têm erodido dramaticamente – como evidenciado pela ascensão de Trump e Bernie Sanders – é crucial que as regras do jogo democrático não sejam mudadas no meio do caminho.

Ao passar o rolo compressor sobre Ted Cruz em Indiana, Trump colocou um fim a qualquer esperança de seus rivais ou da liderança do Partido Republicano de talvez retirar, de alguma maneira, a sua nomeação como candidato republicano por meio de acordos de bastidores de última hora ou a mudança de regras em uma convenção de partido contestada.

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