Comitê da Rio
2016 está preocupado com ausências dos voluntários
Desde o primeiro dia, houve vários voluntários que pegaram o kit com uniforme e depois sumiram sem justificativas
Preocupado com as ausências injustificadas de voluntários
a jogos e arenas da Rio 2016, o Comitê organizador da Rio 2016 passou a enviar
e-mails cobrando o retorno ao posto de trabalho, lembrando ao voluntário que
ele assumiu um compromisso. ÉPOCA teve acesso ao comunicado. “Você faz parte de
um time grandioso, que é responsável por entregar os primeiros Jogos da América
do Sul. Você foi escalado por nosso time mas não se apresentou para atuar.
Precisamos entender o que aconteceu, pois você aceitou a escala e já retirou
seu uniforme”, diz um trecho.
Não são as melhores
possíveis as relações entre o Comitê e parte do voluntariado que se apresentou
para trabalhar na Olimpíada. Sobram queixas e ressentimentos, resultado de
expectativas frustradas de ambas as partes, o que foi confirmado por voluntários
e um funcionário do Comitê, que conversaram com ÉPOCA sob condição de
anonimato.
A principal crítica dos
organizadores é a falta de comprometimento. Já nos primeiros dias, houve um
razoável número de abandono dos postos, de pessoas que, inclusive, já estavam
de posse do kit fornecido para o trabalho – camisa com o logo dos jogos, calça
cáqui, tênis verde, bolsa e tênis verde – e abandonaram o posto sem dar
satisfação.
“Não dá para acreditar
que a pessoa tem uma oportunidade dessas, de participar deste momento
grandioso, e age desta forma tão pequena”, disse um funcionário, sob a condição
de anonimato. Um rapaz de 23 anos, ouvido em uma das arenas na Barra da Tijuca,
disse ter sido contratado às pressas, no fim de julho, por uma empresa
fornecedora de mão de obra, para trabalhar como“voluntário pago”, já
que, naquele momento, a desistência já se mostrava grande. A remuneração
combinada foi de R$ 1.500, de 29 de julho a 22 de agosto.
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