O dia 5 de novembro de 2015 marcou o Brasil após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, de propriedade das empresas Vale e da anglo-australiana BHP. O maior desastre ambiental com barragem dos últimos 100 anos liberou uma enxurrada de lama – estimada entre 50 e 60 milhões de metros cúbicos – e destruiu o distrito de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, região central de Minas Gerais.
Seis meses após o desastre, a lama tóxica ainda faz vítimas: pode ter afetado uma enorme variedade de animais marinhos ainda pouco ou nunca estudados que ocorriam em regiões atingidas pela onda de rejeitos de minério de ferro.
O estudo é assinado pelo professor do Instituto de Biociências (IB) e diretor do Centro de Biologia Marinha (CEBIMar) da Universidade de São Paulo (USP), Antonio Carlos Marques e pela pós-doutoranda no IB-USP, Lucília Souza Miranda. De acordo com Marques, o evento foi catastrófico para a fauna marinha brasileira.
— Essa espécie é emblemática da perda de informação sobre diversos animais da fauna marinha ainda pouco estudados, ou até mesmo totalmente desconhecidos, que um evento catastrófico como o desastre ambiental de Mariana pode ter causado.
As informações são da Agência de notícias da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da qual a pós-doutoranda é bolsista. O artigo sobre os impactos escondidos da lama da Samarco, de Marques e Miranda, pode ser acessado aqui.
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