segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Feminicídio no Brasil- ATUALIDADES

 Não se nasce mulher,morre-se
A cada hora e meia,uma mulher é assassinada por um homem no Brasil,apenas por ser mulher. É a esse crime que dá-se o nome de feminicídio, tradução de femicide (femicídio) mais usada na América Latina. O termo passou a ser reconhecido principalmente em março desse ano, com a sanção da lei que o tornou uma qualificadora do homicídio, mas ainda é pouco discutido fora de círculos especializados, como os do Direito e da militância feminista, onde surgiu originalmente. Estima-se que, entre 2001 e 2011, tenham ocorrido mais de 50 mil homicídios motivados por misoginia: isso torna o Brasil o sétimo país que mais mata mulheres no mundo. Os números chocam e causam questionamento. Embora o feminicídio não aconteça somente como a expressão máxima de um ciclo de violência vivido pela mulher dentro de seu próprio lar, a relação entre eles é inegável: 43,4% dos assassinatos femininos cometidos em 2011 no Brasil tiveram autoria do parceiro ou ex-parceiro da vítima, segundo o Mapa da Violência publicado no ano de 2012 – pesquisa mais recente sobre o tema, que ainda é de difícil apuração em decorrência da subnotificação dos casos e da falta de um padrão nacional para o registro destes dados.
Aproximadamente uma em cada cinco brasileiras reconhece já ter sido vítima de violência doméstica ou familiar provocada por um homem, de acordo com o DataSenado. Isto, no entanto, não quer dizer que elas foram ou são violentadas fisicamente todos os dias. Este tipo de agressão costuma acontecer depois de uma série de investidas psicológicas contra sua integridade mental. "O homem diz coisas que colocam a autoestima dela lá para baixo, que fazem com que ela não se enxergue mais como gente, muito menos como detentora de direitos", diz Naiara Silva Oliveira, psicóloga do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) da Asa Sul, em Brasília.

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